Sua casa funcionando como você espera!

Profissionais capacitados.

This is default featured slide 2 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.

This is default featured slide 3 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.

This is default featured slide 4 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.

This is default featured slide 5 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.

sábado, julho 16, 2011

Azulejos que matam bactérias

Material bactericida é aplicado em revestimentos cerâmicos A pesquisa começou como um projeto de iniciação científica, uma pesquisa feita por estudantes de graduação, antes mesmo que eles se formem, cujo principal objetivo é justamente a formação de novos pesquisadores.

Thiago Sequinel, então estudante na Universidade Estadual de Ponta Grossa, no Paraná, orientado pelo professor Sérgio Mazurek Tebcherani, desenvolveu um método para a obtenção de nanopartículas de óxido de titânio, partículas com dimensões na faixa dos nanômetros - bilionésimos de metro - com reconhecidas propriedades bactericidas.

Depois da graduação, já no mestrado, Sequinel conseguiu que as nanopartículas individuais fossem agrupadas para formar um filme finíssimo. No doutorado, o pesquisador desenvolveu um processo para que essa película de nanopartículas de titânio interagisse com o substrato, ou seja, com a cerâmica, aderindo de forma permanente a azulejos, ladrilhos e pisos.

 Azulejos bactericidas
O resultado final da pesquisa são peças de revestimento cerâmico cobertas com material bactericida, o óxido de titânio.

"Por meio de alta pressão e uma temperatura de cerca de 480º C, o filme interagiu com o material", disse Sequinel, ressaltando que técnicas anteriores necessitavam de mais de 700º C para promover a aderência dos óxidos.

Com isso, pisos e azulejos ganham o óxido de titânio que, ao se incorporar à cerâmica, lhes confere proteção contra bactérias durante toda a vida útil da peça.

"É muito forte o apelo comercial do produto para a área da saúde", disse Sequinel. Ele destaca que pisos e azulejos com óxido de titânio podem ser empregados em hospitais, restaurantes industriais, indústrias alimentícias e qualquer lugar que necessite de um alto grau de assepsia.

Da idéia ao produto
O reconhecimento veio rápido, dando uma idéia da importância da inovação. Em 2008, o projeto da cerâmica bactericida venceu a etapa continental de uma competição internacional que avalia produtos desenvolvidos por estudantes e que ainda não tenham participação de empresas.

Sequinel conquistou o primeiro lugar etapa mundial do Idea to Product Competition 2009 (I2P). O pesquisador integrou a equipe Nanoita, junto com Tebcherani e mais dois professores, René Rodrigues Fernandes, da Fundação Getúlio Vargas, e José Arana Varela, seu atual orientador de doutorado na Unesp.

O principal objetivo do I2P é incentivar que idéias com bom potencial de comercialização ganhem o mercado. Por isso, o primeiro prêmio envolve a quantia de US$ 10 mil a fim de dar o impulso inicial ao novo negócio. "Estamos negociando o licenciamento de fabricação com três grandes empresas cerâmicas", disse Sequinel.
Fonte: Agência Fapesp

Porcelana destinada ao descarte vira argamassa

Novo material oferece resistência e economia 
Chega a 30 mil toneladas por ano a produção brasileira de isoladores elétricos de porcelana de alta e baixa tensão para distribuição de energia, equipamento utilizado em postes de iluminação, usinas hidrelétricas e, até mesmo, em residências como isolante de eletricidade. Deste montante, 75% são destinados às substituições das peças que perdem a sua função isolante.

A questão, no entanto, é que o corpo metálico do isolador é reaproveitado para outras finalidades, enquanto que a parte de porcelana é descartada de forma inadequada em terrenos baldios, beiras de estrada e outros locais. Essa situação levou o engenheiro civil Marco Antonio Campos a realizar ensaios que permitiram adicionar resíduo da porcelana que seria descartado na natureza, em misturas que resultaram em novos tipos de concreto e argamassa.

Os experimentos deram certo. Campos obteve um material vantajoso do ponto de vista de resistência e economia. Os dados constam da dissertação de mestrado apresentada na Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo (FEC), que foi orientada pela professora Ana Elisabete P. G. A Jacintho.

Método utilizado
O processo de transformação é relativamente simples do ponto de vista metodológico. A moagem do resíduo da porcelana foi feita de forma a gerar tanto a areia grossa – ou agregado miúdo na linguagem técnica – e brita 1 ou agregado graúdo. Tanto a areia quanto a brita permitiram resultados com granulometria similar à utilizada tradicionalmente na construção civil. Por sinal, a areia feita de resíduo de porcelana foi o material que obteve melhor desempenho nos ensaios em laboratório.

Testes
Já os testes de substituição foram etapas complexas, pois demandaram muitos dias de experimentos para estabelecer comparativos. O engenheiro testou a areia e a brita com substituições nas classes de 25%, 50%, 75% e 100% e fez os ensaios após três, sete e 28 dias. As comparações entre os dias e porcentagens de material eram necessárias, para conhecer o desempenho do material em várias formulações diferentes.

O ensaio de resistência mecânica de compressão simples compreende a medição da capacidade que o material tem de suportar a pressão. Já o teste de absorção da água visa medir o quanto de água o concreto ou argamassa absorve, pois quanto menor a capacidade de água, menor o consumo de cimento na mistura.

Os resultados foram similares às misturas feitas com materiais tradicionais e, em alguns casos, foram até superiores. A única questão foi o endurecimento do concreto ocorrer de forma mais rápida. Mas, isso foi perfeitamente contornado com o acréscimo de aditivos.

Vantagens econômicas
Uma das vantagens econômicas também tem a ver com os testes de absorção da água. Os resultados apontaram que o material não absorve a água, o que significa a diminuição do consumo de cimento para produção do concreto. Ou seja, possibilita uma economia substancial de material para a composição. As análises demonstraram que a proposta é perfeitamente viável. A porcelana branca – matéria-prima dos isoladores – é altamente resistente devido às temperaturas elevadas a que é submetida, ou seja, até dois mil graus.
Fonte: Unicamp
Acesse o estudo sobre este assunto no link abaixo:
- Estudo do reaproveitamento de isoladores elétricos de porcelana como agregados em argamassas e concretos (arquivo PDF).