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Um casal de São Paulo queria se mudar para um lugar maior,
mas não achava o que queria. A saída foi comprar dois apartamentos
independentes, de 250 m2 cada, e fazer uma reforma para transformá-los
em um duplex de 500 m2. O encarregado de operar a transformação foi o
arquiteto e designer de interiores argentino Roberto Negrete, que já
havia feito o apartamento anterior do casal. Ao contrário do
trabalho anterior, no entanto, desta vez o marido acompanhou o projeto
muito mais de perto que a esposa, e por isso o duplex acabou ganhando um
perfil bem masculino. “A casa ficou com a alma do homem, que gosta
muito de bebidas e tem uma vida social agitada”, diz Negrete. Um grande bar todo revestido de madeira mostra bem a força do toque masculino no projeto. Ele
fica no andar de baixo, que foi todo dedicado à parte social do duplex.
Ali ficam também a sala de jantar, o home theater, a cozinha e o
escritório. “O morador tinha uma grande coleção de garrafas de whisky,
que ele queria manter juntas, mas protegidas do sol.”
O bar não é a única marca masculina do duplex. Há, ainda, um espaço para fumar charutos, com quatro grandes poltronas de couro, dispostas em círculo, mas perto de uma enorme janela, com uma bela vista da cidade. A curiosidade é que o bar fica onde, na planta original, seria um banheiro. Todas as modificações para adequar os dois apartamentos foram feitas ainda durante a construção do prédio.
Outro destaque do projeto é a escada que liga os dois apartamentos. Ela representou um desafio para Negrete, pois é fixada apenas nas paredes, sem nada para sustentá-la por baixo. “Foi preciso trazer um calculista para fazer sem estrutura”, explica o designer. Além disso, depois de pronta, o morador pediu que não fosse instalado corrimão, pois, para ele, a escada parecia uma dobradura de papel. Relutante com a questão da segurança, Negrete acabou optando por colocar apenas um apoio na parte interna. Mas ele gostou do resultado final: “ficou pura, limpa”.
O designer também ficou relutante com outro pedido do proprietário: uma porta de entrada folheada com chapas de chumbo. Desde o princípio, havia a opção de fazê-la com algum material metálico. “Eu descartei o inox, pois queria algo quente, como latão”, afirma Negrete. O cliente, no entanto, escolheu o cobre. Quando o designer alertou que, mesmo tratado, este material tende a esverdear com o tempo, o proprietário garantiu: “gosto de verde”.
O toque feminino, no entanto, não ficou totalmente de fora do projeto. A mulher do casal fez apenas dois pedidos, ambos em relação ao quarto. Queria uma chaise no closet para colocar roupas em cima e cortinas coloridas nas janelas. Desejos prontamente atendidos pelo designer, mas que não alteraram a percepção em relação ao resto da residência. Negrete conclui: “em linhas gerais, é um apartamento bastante masculino”.
O bar não é a única marca masculina do duplex. Há, ainda, um espaço para fumar charutos, com quatro grandes poltronas de couro, dispostas em círculo, mas perto de uma enorme janela, com uma bela vista da cidade. A curiosidade é que o bar fica onde, na planta original, seria um banheiro. Todas as modificações para adequar os dois apartamentos foram feitas ainda durante a construção do prédio.
Outro destaque do projeto é a escada que liga os dois apartamentos. Ela representou um desafio para Negrete, pois é fixada apenas nas paredes, sem nada para sustentá-la por baixo. “Foi preciso trazer um calculista para fazer sem estrutura”, explica o designer. Além disso, depois de pronta, o morador pediu que não fosse instalado corrimão, pois, para ele, a escada parecia uma dobradura de papel. Relutante com a questão da segurança, Negrete acabou optando por colocar apenas um apoio na parte interna. Mas ele gostou do resultado final: “ficou pura, limpa”.
O designer também ficou relutante com outro pedido do proprietário: uma porta de entrada folheada com chapas de chumbo. Desde o princípio, havia a opção de fazê-la com algum material metálico. “Eu descartei o inox, pois queria algo quente, como latão”, afirma Negrete. O cliente, no entanto, escolheu o cobre. Quando o designer alertou que, mesmo tratado, este material tende a esverdear com o tempo, o proprietário garantiu: “gosto de verde”.
O toque feminino, no entanto, não ficou totalmente de fora do projeto. A mulher do casal fez apenas dois pedidos, ambos em relação ao quarto. Queria uma chaise no closet para colocar roupas em cima e cortinas coloridas nas janelas. Desejos prontamente atendidos pelo designer, mas que não alteraram a percepção em relação ao resto da residência. Negrete conclui: “em linhas gerais, é um apartamento bastante masculino”.
Da Redação, original Correio do Estado.
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